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A mostrar mensagens de 2017

Thelma (2017)

Thelma (2017) surpreendeu-me pela capacidade de misturar ficção científica e realidade de uma forma sublime, intensa e impactante.  O filme norueguês, de Joachim Trier (de quem não era conhecedora) leva-nos a conhecer o mundo de Thelma, uma jovem adulta que entra para a universidade, sendo exposta a novas experiências, mundos e pessoas, Thelma entra num percurso de auto descobrimento comum a muitos jovens adultos e adultas que se encontram na mesma situação. Ela é oriunda de uma pequena cidade e muda-se para a cidade grande. É católica praticante e tem uma ligação muito próxima com os pais, e encontra-se rodeada de jovens seus pares a quem não conhece e precisa de conquistar, social e intimamente. No tornado emocional que Thelma vivencia, há ainda algo que não consegue explicar.  Mesmo sendo um filme de ficção cientifica este filme toca no lado mais humano de quem o vê, não deixando que a impossibilidade do sobrenatural se imponha sobre as emoções com que podemos empatizar

Serpentes de Água - Tony Sandoval

Já com " Mil Tormentas " tinha ficado deslumbrada pelas histórias e ilustrações em aguarela de Tony Sandoval. Não foi preciso muito esforço para começar "Serpentes de Água", que confirmam o génio e criatividade do autor.  O livro foi lançado pela a editora KingPinBooks em Fevereiro de 2014, mas só agora chegou às minhas mãos.  Mais uma uma vez os opostos chocam-se e atraem-se. Em "Mil Tormentas" Lisa foi "anjo e demónio"; em "Serpentes de Água" os opostos são Mila e Agnes, criaturas de universos distintos. Lê-se na capa: «Anda comigo! Agora somos animais! Eu sou uma raposa e tu és uma serpente de água com uma máscara de coelho!» Estas duas raparigas encontram-se por acaso, numa tarde à beira rio, e embarcam numa sucessão de aventuras que obrigam ambas a lidar com universos a que não pertencem, num percurso de descoberta que nos apela e leva de volta à infância, ao crescimento e as dores que este acarreta.  Dentes g

Paper Girls Vol 1 e 2

Paper Girls é uma série de banda desenhada escrita por Brian K. Vaughan (que já escreveu para Wonder Woman, Doctor Strange,  Lost, Under the Dome e muitos outros) e narra a história de um grupo de jornaleiras de 12 anos que, numa manhã do dia de halloween, se deparam com os mais inacreditáveis acontecimentos. Mistério e ficção científica são as palavras de ordem desta história. Isso e muita atitude feminina. E eu acho que estou apaixonada. KJ, Mac, Tiffany e Erin encontram-se na madrugada quando Erin começa a ter problemas com alguns adolescentes gandulos que a assediam. O halloween é já conhecido por ser um dia de perigo para as jornaleiras por isso KJ, Mac e Tiffany aparecem em grupo para ajudar a miúda nova. Quando dão por ela viajar no tempo é um fenómeno real, uma coisa que existe mesmo. O ano é 1988 por isso nostalgia e elementos retro abundam durante toda a narrativa e explodem de cor nas imagens. A ilustração da série é do encargo de Cliff Chiang (que já foi editor

Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes

Raparigas... Rebeldes... "que dor de cabeça" dizem logo tantos e tantas. E é disto que as italianas Elena Favilli e Francesca Cavallo, autoras do livro "Histórias de Adormecer para Raparigas Rebeldes", discordam.  "Às raparigas rebeldes do mundo inteiro: Sonhem mais alto; Queiram mais; Lutem com mais garra; E, quando tiverem dúvidas, lembrem-se: Têm razão", lê-se na primeira página.  São 100 histórias de 100 mulheres que marcaram o mundo, à sua maneira. É um livro infantil e logo por isso não são biografias, mas sim pequenos contos romantizados, adequados ao público a que se destinam, que vêm sempre acompanhados de uma ilustração da personalidade em causa (desenhada por uma das 60 ilustradoras que contribuíram para o projeto). O que eu gostei tanto neste livro foi o facto de não conhecer metade destas mulheres. Ao ser introduzida a elas, mesmo que por histórias para crianças, despertei a curiosidade de as conhecer, de saber mais, e deparei-me

"The Walking Dead" O jogo: Temporadas 1 e 2

Não sendo grande apreciadora da série televisiva, muito me descansou na hora de jogar ou não jogar saber que The Walking Dead, a série de jogos da Telltale, é adaptada da banda desenhada. Pode parecer insignificante, mas foi o suficiente para me cativar. Contra a série não tenho nada, a não ser que quando comecei a ver já tinham sido lançadas umas 6 temporadas e, mesmo eu tentado, tornou-se um bocado chato ao fim de poucos episódios. Mas a produtora já confirmou que Clementine, a sweetpie da saga de jogos, não entra na série. O primeiro jogo foi lançado em 2012 pela Telltale e é um drama interativo, assustador e moralmente desafiante. Ao longo de cada episódio vamos tendo de fazer várias escolhas, sendo que 5 delas têm implicações fortes e definem o desenrolar da narrativa. A história foca-se nos personagens Lee e Clementine, um professor universitário condenado por homicídio e uma miúda cujos pais se encontravam ausentes durante o surto de walkers e por isso teve de sobr

Deep Dark Fears de Fran Krause

Quando me deparei com o título "Deep Dark Fears" perguntei-me: "romance gráfico?", "história de terror?", "valerá a pena?". Então comecei a ler. E não. Não é nada disto, mas é muito bom.  Deep Dark Fears compõe-se de vários curtos segmentos narrativos, histórias dos mais bizarros e íntimos medos irracionais que vários fãs foram enviando ao autor Fran Krause (aos que este juntou alguns dos  seus) que foi compilando e ilustrando. São ao todo 100 ilustrações de 100 medos diferentes, cada um mais louco que o outro. Apesar de no início tudo parecer anedótico, rapidamente nos começamos a identificar com algumas daquelas loucuras, e é isso que torna este livro tão especial. Aqueles medos que parecem ao início tão absurdos, começam a parecer estranhamente familiares. Quem é que nunca se arrepiou a entrar no elevador e ao imaginar-se ficar entalado? Ou batalhou com a ideia que todos em seu redor lêem os seus pensamentos? Ou se sentiu numa sala em ex

Alias Grace: a nova pérola canadiana da Netflix

"Canadians! Do you love freedom? I know you do! Do you hate oppression? Who dare deny it?" É com este excerto de William Lyon Mackenzie que se marca o ritmo de Alias Grace, a nova série biográfica da Netflix. Pelos episódios vamos lentamente conhecendo a história de Grace Marks, a imigrante irlandesa que foi condenada no Canadá pelo homicídio de Thomas Kinnear, seu patrão, em 1843. A narrativa vai-se desenrolando em flashback, à medida que Marks vai contando o seu passado ao novo psicanalista Dr. Simon Jordan, que deseja revelar o que esconde a amnésia desta misteriosa paciente. Inocente ou culpada? Apesar de ser tratada como uma atração exuberante, "a assassina", Grace agradece àqueles que tentam provar a sua inocência, pois nem ela sabe ao certo do que é capaz. A série é adaptada de um livro homónimo de 1998, escrito por Margaret Atwood (autora também de "The Handmaid's Tale" cuja  adaptação da Hulu ganhou vários prémios este ano) pelo

Mr. Robot está de volta!

Bem, toda a gente sabe que a Darlene é a maior. O Elliot até manda uns bifes mas entre ataques psicóticos e bipolares se não fosse a bad girl lá da zona a manter o rapaz na linha nunca tinham hackeado a E-corp em primeiríssimo lugar. Brincadeirinha. Preferências à parte, a pepita de ouro de Sam Esmail está de volta. Nas primeiras duas temporadas ficamos fascinados com a mente de Elliot e com toda a Fsociety, com a vendeta contra o capitalismo desenfreado e com uma composição visual extremamente original que se destaca das restantes séries atuais.  A terceira temporada começou e não deixou nenhuma destas maravilhas de fora. O Elliot cresce cada vez mais paranóico, cada vez mais embrulhado na desorganização a que a sua revolução levou,  a Darlene continua a fazer-lhe frente e a Angela toma a dianteira. O episódio "eps3.0_power-saver-mode.h" faz a introdução à execução da segunda etapa do plano de Elliot. Como ficamos a saber no fim da última temporada, o Stage 2

The White Princess (2017)

Já tinha visto a série The White Queen em 2014. Foi a estreia da sequela The White Princess que me fez voltar a revê-la. A história segue os membros da corte inglesa durante o período de conflito entre os primos Lancaster e Yorks* na luta pelo trono de Inglaterra. É uma mini série histórica, com alterações para efeitos dramáticos, mas que não deixa de ser didática e de demonstrar muito do que se vivia durante a batalha das rosas. A caracterização está muito bem feita e a representação também. Os episódios envolvem-se de um tom intrigante que consegue prender e entreter durante toda a temporada.  The White Princess estreou este ano. Foram até agora lançados 3 episódios e, apesar da equipa de representação ser diferente, não é de todo pior. Conta com nomes como Michelle Fairley (A tão querida Catelyn Stark de Game Of Thrones). O tom da série mantém-se sério e misterioso e apesar de poderem ser vistas separadamente,  prequela e sequela fazem sentido no que diz respeito ao

Alice: Madness Returns (2011)

Eh pá, eu ainda sou novata no que diz respeito a videojogos, mas já tenho vindo a identificar algumas caraterísticas que me agradam e outras que nem tanto. A minha jovem aventura colada a um comando resume-se ainda a LEGO: Lord of the Rings, Nino Kuni: The Wrath of the White Witch, Tales of Xillia 1 e 2, Life Is Strange, Trine, Diablo III, LEGO Star Wars: The Force Awakens, Alice Madness Returns, um cheirinho de Last Of Us e de Dota 2 e agora o Trine 2. Isto sem contar com os episódios infantis a comer torradas e jogar Tomb Rider no Windows 95 ou qualquer outro alucínio na Mega Drive. Passei as mãos por mais um jogo ou outro mas sem tempo suficiente para poder falar deles como experiência.  Mas falando do Alice: Madness Returns (2011) de  American Mcgee's: em primeiro lugar agrada-me o mundo em geral. Uma história que normalmente situámos num cenário idílico recebe contornos gore passando a ser mais terrífico do que se poderia imaginar na vida da menina inglesa relatada po

10 filmes e 10 séries para ver em 2017

Iniciado o ano de 2017 chega a altura de listar o que mais antecipo ao nível do cinema e da televisão. Assim, deixo uma lista de 10 filmes e 10 séries, algumas a estrear em 2017, outras em continuação, que aguardo com grande expectativa. Filmes -  Guardiões da Galáxia Vol. 2 -  Thor: Ragnarok -  Logan -  Star Wars VIII -  Beauty and The Beast -  The Dark Tower -  Kingsman: the Golden Circle -  Ghost in The Shell -  T2 Trainspotting -  Wonder Woman Séries -  Sherlock -  Homeland -  The Magicians -  Black Sails -  Reign -  The Defenders -  Stranger Things -  Game of Thrones -  A Series of Unfortunate events -  The Americans Esta lista tem obviamente as suas limitações, ora porque de certo ainda vou descobrir muita coisa nova durante o ano, ora porque, como sempre, serei surpreendida. Mas por enquanto é isto :) Fiquem atentos.