Mr. Robot está de volta!

Bem, toda a gente sabe que a Darlene é a maior. O Elliot até manda uns bifes mas entre ataques psicóticos e bipolares se não fosse a bad girl lá da zona a manter o rapaz na linha nunca tinham hackeado a E-corp em primeiríssimo lugar. Brincadeirinha. Preferências à parte, a pepita de ouro de Sam Esmail está de volta. Nas primeiras duas temporadas ficamos fascinados com a mente de Elliot e com toda a Fsociety, com a vendeta contra o capitalismo desenfreado e com uma composição visual extremamente original que se destaca das restantes séries atuais. 

A terceira temporada começou e não deixou nenhuma destas maravilhas de fora. O Elliot cresce cada vez mais paranóico, cada vez mais embrulhado na desorganização a que a sua revolução levou,  a Darlene continua a fazer-lhe frente e a Angela toma a dianteira. O episódio "eps3.0_power-saver-mode.h" faz a introdução à execução da segunda etapa do plano de Elliot. Como ficamos a saber no fim da última temporada, o Stage 2 visa eliminar os ficheiros hackeados da  E.Corp, impossibilitando assim qualquer retorno da sociedade à normalidade. Mas para isso, Elliot/Mr. Robot, White Rose e Angela e Tyrell têm de fazer um novo hack que vai resultar na destruição do edifício da E.Corp e provavelmente matar pessoas inocentes. Elliot batalha com este resultado e tenta evitá-lo. Mas Mr. Robot não. E nós assistimos à luta entre as duas personalidades, um líder e um fugitivo.

"Darlene's right. I Can't trust them. This was too easy. But at least I stopped them for now, I can go home knowing that. But was she right about me? Am I sticking my head in the sand? Did my revolution just bury our minds instead of freeing them? Encrypting E.Corp data was meant to empower us. Instead is left us powerless, scaring us into even more submission. I am not going to get rid of the invisible hand. Turned it into a fist that punched us in the dick. And like a botnet, the fear I created is spreading so fast, it's practically airborne.  It's swallowed us whole, digested us, and now we're stuck in its asshole waiting to be dumped out" - Elliot Alderson

A série continua envolta em tons escuros e composta por close ups que nos fazem sentir a solidão e claustrofobia dos personagens. De realçar é logo a intro do primeiro episódio, em que a camâra passeia pelo interior de um reator nuclear e desagua no olho de Elliot. Um bom presságio, hein? Agora é esperar por cada episódio e ver onde a história nos leva.