Gris é um autêntico deleite. Não foi à toa que ganhou o Best Visual Art Award 2019 da GDC. O jogo, desenvolvido pelo recente Nomad Studios, com sede em Barcelona, prima pela simplicidade na jogabilidade e foca-se na beleza dos ambientes visuais e sonoros. A história é totalmente conceptual, falando através dos cenários, dos sons, das cores e das acções. Não há diálogos ou uma narrativa explícita, o que a deixa aberta a interpretações. No entanto, o jogo segue a nossa personagem, uma menina que perde a sua voz e cuja jornada se inicia num mundo a preto e branco. A nossa missão é ir desbloqueando as cores que dão nome aos capítulos, preenchendo de cor um mundo de aguarelas que tinha ficado monocromático. A premissa evoca algum tipo de trauma ou depressão, de uma forma suficientemente abstrata para que nos consigamos ligar emocionalmente. E se o jogo nos começa a parecer solitário e triste, explorando os nívei...