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Women Make Film: A New Road Movie Through Cinema

"Women Make Film: A New Road Movie Through Cinema" é uma série documental de 2018 realizada pelo cineasta britânico Mark Cousins. Com 14 horas de duração divididas em 14 episódios, a série apresenta a história do cinema sob a perspectiva de mulheres cineastas, abordando técnicas e estilos cinematográficos através de cenas de mais de 700 filmes realizados por mulheres, ao longo de 13 décadas e de diversos países.   Narrado por atrizes como Tilda Swinton, Jane Fonda e Adjoa Andoh, "Women Make Film" não segue uma abordagem tradicional baseada em biografias, mas sim um método temático, explorando como as diretoras abordaram aspetos do cinema como a narrativa, a introdução de personagens, a montagem, a cor e o som. A obra destaca cineastas menos conhecidas do público geral, revelando a riqueza e diversidade da contribuição feminina ao cinema, com a inclusão de atores portugueses e atrizes portuguesas em algumas das produções.   Cada episódio foca em diferente...

Time (2021) da BBC com Sean Bean e Stephen Graham numa produção britânica de alta qualidade.

A produção britânica Time (2021) chega-nos pelas mãos da BBC e tem no papel principal Sean Bean, que sempre eleva a fasquia de qualquer produção, juntamente com Stephen Graham, que entrega também uma performance brilhante. No formato de mini-série, conta apenas com três episódios de cerca de 1h cada. A história segue Mark Cobden durante o cumprimento da sua pena de prisão. Logo no primeiro episódio somos apresentados a sua detenção, que vamos aos poucos descobrindo que é consequência de um homicídio não intencional por atropelamento em estado alcoólico. Mark é professor num secundário e até então os seus crimes cingiam-se ao consumo de álcool exagerado, condição que o levou a cometer o crime pelo qual é punido.  A série, que se enquadra no género de drama, foi escrita por Jimmy McGovern e realizada por Lewis Arnold.  A história é ficcional, mas apresenta a dura realidade das prisões inglesas e como quem lá entra saí (ou não chega a sair) muitas vezes mais deformado...

I May Destroy You (2020)

Escrito por Michaela Coel e inspirada num episódio vivido pela própria, "I May Destroy You" (2020) conta a história da escritora de sucesso Arabella, cuja carreira se catapultou através dos posts publicados nas redes sociais, compilados num livro a pedido dos seus seguidores. Arabella está no caminho do sucesso, até que numa noite de copos e drogas tem um apagão. No dia seguinte tem uma ferida na cabeça , falta-lhe o telemóvel e tem apenas algumas memórias perturbadoras de uma suposta violação, que não sabe serem reais ou imaginadas. Após confirmação judicial de que foi abusada, Arabella entra num bloqueio criativo e numa espiral de auto descobrimento que lhe vai revelar muito sobre a sua vida.  A série explora o tema do abuso sexual de uma forma honesta e clara, sem tabus ou rodeios. Não só explora o abuso a membros do género feminino, mas do masculino também, fazendo notar as diferenças que ainda se fazem sentir no tratamento de uma e outra situação. Além disso e...

The Queen's Gambit (2020)

The Queen's Gambit (2020) é a nova série televisiva ficcional e de época, da Netflix, escrita por Scott Frank, Scott Allen e Allen Scott, que conta a história de Elisabeth Harmon, uma jovem órfã que se revelou um génio a jogar xadrez. A série, baseada no livro homónimo de Walter Tevis, conta com a atriz de Peaky Blinders (2013) , Anya Taylor-Joy, no papel principal e é de uma qualidade excelente. Desde o guião, representação, fotografia e cinematografia, a série envolve-nos num enredo emocionante que mostra tanto do mundo do xadrez competitivo nos anos 50 como da drama da vida pessoal da personagem principal. Foi lançada em formato minissérie e conta com 7 episódios de cerca de 50 minutos.  Beth é uma orfã de 8 anos, aparentemente sem nada de especial, até jogar o primeiro jogo de xadrez, jogo no qual descobre um enorme talento e escape à realidade. Vive num orfanato onde aprende a jogar na cave com um servente e onde é regra obrigatória a administração de tranquilizantes à...

The Spanish Princess (2019)

Já aqui deixei os meus pensamentos em relação à série britânica "The White Queen" (2013),  à qual se seguiu "The White Princess" (2017) .  Adorei ambas. Apesar de se apresentarem como séries independentes uma da outra,  na realidade dá-se continuidade à história,  sendo que a primeira retrata o conflito das Casas Lancaster e York, na Guerra das Rosas e na disputa pelo direito ao trono,  e a segunda retrata o início do fim desse conflito,  com o casamento de Elizabeth de York e Henry Tudor a juntar as duas casas. The Spanish Princess (2019) mais uma vez assume-se como uma série independente mas não é senão a continuação do que nos narra a história,  sendo a protagonista Katherine of Aragon (Charlotte Hope),  princesa espanhola,  filha de Ferdinand II of Aragon e Isabel I de Castilla,  prometida em casamento desde infância a Arthur Tudor, filho primogénito de Elizabeth de York e Henry VII,  tendo em vista juntar os reinos catól...

The Dragon Prince (2018)

Dragões,  humanos,  elfos,  magia,  intriga, traição.  Porque não?  Foi através destes elementos que decidi dar uma hipótese a The Dragon Prince,  a série televisiva de animação lançada em 2018 pela Netflix com já duas temporadas e uma terceira por vir. Num mundo dividido,  seres humanos e seres mágicos odeiam-se e vivem separados. No continente de Xadia, após os humanos terem assassinado o Rei Dragão, os elfos procuram a sua vingança. Numa missão para assassinar o humano Rei Harrow,  Rayla trai os seus companheiros elfos e cria uma amizade inesperada com os princípes. Em guerra aberta,  resta aos princípes Callum e Ezran,  juntamente com Rayla,  devolver o ovo do princípe dragão a Xadia,  as terras mágicas, e assim impor paz entre os dois pólos do continente. A ilustração e a animação está muito boa,  com cores vibrantes e fortes e uma grande panóplia de seres e personagens. A história presenteia...

Philip K. Dick's Electric Dreams: os contos e os episódios da série televisiva

O meu primeiro contacto com Philip K. Dick foi recente. Como muitas vezes me acontece, foi através do cartaz da série televisiva que me despertou interesse. Mas não foi, no entanto, à série que me agarrei primeiro.  O livro "Philip K. Dick: Sonhos Eléctricos" (2018) foi publicado pela editora Relógio D'água após o lançamento da série televisiva homónima (2017), pela a Amazon Prime, e reúne os 10 contos do autor que deram origem aos seus episódios. A cada conto é feita uma introdução pelos escritores de cada episódio, explicando a adaptação e o impacto que cada peça tem para cada um.  A escrita de Philip K. Dick atira-nos sem medo para os seus universos, o que depois visualmente funciona muito bem. O autor assume que estamos inteirados do contexto e logo começa a elaborar. Uma vez que os temas que Dick trata fazem parte da própria essência do que é ser humano, isso acaba por não importar muito. Apesar da estranheza que é sentida face a seres extraterrestres ...

The Terror (2018) da AMC

The Terror (2018), lançada pela AMC, é um cenário impiedoso. Deserto de vida,  de ajuda,  de comida...  E até de moralidade.  A série passa-se em 1848, altura em que dois navios, The Terror e Erubus (que realmente existiram), ficaram presos no Ártico durante a expedição naval em busca da Passagem do Noroeste, tendo de enfrentar terríveis ameaças.  A história data a época da exploração britânica, quando o governo procura desesperadamente uma passagem para melhorar as suas rotas comerciais com a China e Índia. Apesar dos contornos históricos, elementos ficcionais e sobrenaturais são adicionados à narrativa.  A versão real dos acontecimentos não foi menos trágica. Os 129 marinheiros desapareceram juntamente com os dois navios,  que ainda hoje são procurados. Avisa-se que para melhor demonstrar o meu ponto de vista sobre The Terror não me inibirei de falar sobre os seus componentes pelo que haverá spoilers a partir de agora.  A prim...

Patrick Melrose (2018)

A nova mini-série da Showtime, "Patrick Melrose", baseada nos livros do jornalista e autor britânico Edward St. Aubyn, conta, em 5 episódios, a história de vida de Patrick e da sua tentativa de superação da dependência de drogas. À medida que o vemos a batalhar com a toxicodependência, rodeado de luxos e de tentações, conhecemos os demónios que constantemente o empurram para o esquecimento, como a conturbada relação com o seu pai, de quem sofreu diversos tipos de abusos, ou com a sua mãe, da qual foi vítima de enorme negligência.   Benedict Cumberbatch dá vida a esta personagem neurótica, numa atuação brilhante, já muito esperada desde que a última temporada de Sherlock (2010) terminou. Cada episódio é recheado de bonitos planos e composições, de humor negro capaz de fazer soltar umas gargalhadas, uma boa banda sonora e também de emoções mais tristes que nos lembram que, apesar de toda a excentricidade, há nesta história uma enorme injustiça na educação de um...

"The Handmaid's Tale": o livro e a série televisiva

Foi logo à data de estreia que a série televisiva "The Handmaid's Tale" me cativou, sendo desde então seguidora de tão ousada história. Baseada no livro homónimo de Margaret Atwood, que agora li, narra, na primeira pessoa, as vivências de uma criada, cuja missão é engravidar o maior numero de vezes, dentro do maior número de famílias possíveis, na distópica e ficcional sociedade Gilliad. É uma história  feminista que advoga os direitos das mulheres de uma forma dura e cruel, alertando-nos sobretudo para os perigos de fechar os olhos às injustiças que nos circundam.  A Gilliad, emergente de um grupo de fanáticos machistas (dos quais fazem parte homens e mulheres), é o supra sumo do patriarcardo. Surge, de forma dissimulada, como resposta ao permanente desgaste ambiental, poluição e excesso químico no planeta, do qual a população vê a sua fertilidade consideravelmente reduzida, ameaçando a continuidade da espécie humana.  As mulheres, confinadas a específicos...

La Casa de Papel (2017)

Malta, eu nem queria muito... Mas temos mesmo de falar sobre isto. Que hype tão grande é este? Vi as duas temporadas da série espanhola "La Casa de Papel" e mais de metade do tempo só queria que aquilo acabasse. Há alturas em que durante 4 episódios seguidos não se passa nada de relevante para o enredo principal. Ademais, as horas em Espanha duram mais tempo? Só faltou alguém engravidar e ter um filho no espaço de cerca de 5 dias em que o assalto durou. Concordo que a fotografia e a cinematografia da produção estão excelentes e tinham um bom conceito, mas a rapidez com que se passa a ação, a falta de profundidade e leveza com que se trata os assuntos, juntamente com uma porrada de plot holes que saltam à vista, não me deixaram de todo sentir imersa na narrativa. A experiência dos autores na escrita de novelas pode ter alguma coisa que ver com isso.  Inteligente foi a escolha de nomes dos assaltantes, com nomes de várias cidades do globo, que obviamente tiver...