The Upsidedown Space

Quando falamos de videojogos que fazem uso de narrativas interativas "Life Is Strange" (2015), desenvolvido pelo estúdio francês Dontnod Entertainment e publicado pela Square Enix, vem logo á ideia. A história da jovem estudante de fotografia Maxine que descobre que tem a habilidade de voltar atrás no tempo fazendo com que cada uma das suas escolhas desencadeie um efeito borboleta comoveu e deixou muitos jogadores a chorar por mais. "Life Is Strange 2" (2019) é um pouco diferente, mas mantém muita da sua essência e excede-se ao tocar em temáticas sociais como a xenofobia, a homofobia, a injustiça social e o fanatismo religioso. É composto por 5 episódios e é jogado em perspectiva de 3ª pessoa.  Os eventos do jogo ocorrem após a destruição de Arcadia Bay (no primeiro volume) e a história apresenta-nos á vida de dois irmãos,  Sean de 16 anos e Daniel de 10, descendentes de pai mexicano e mãe americana, que cedo os abandonou. Residentes em Seattle, levam uma

High Fidelity (2020) é a nova série da Hulu e conta a história de Rob, jovem irreverente que detém uma loja de discos em Brooklyn. Baseada no livro de Nick Hornby, a história foi já contada no filme homónimo, há 20 anos, pelas mãos de Stephen Frears e a interpretação de John Cusack. Desta vez, no entanto, Rob é uma rapariga.  Interpretada pela carismática  Zoe Kravitz e quase a chegar aos 30, Rob começa a refletir no porquê de se sentir sempre tão miserável e nunca ter sucesso nas suas relações amorosas. Fã de elaborar Top 5's com os amigos e na tentativa de acalmar as suas ânsias, compromete-se a redescobrir os seus 5 maiores desgostos amorosos, para tentar perceber onde é que ela terá falhado e assim poder crescer. No fim da lista encontra-se Mac, o seu último namorado e de quem estava noiva, até por motivos menos aparentes o casal se separar e Mac ir viver para Londres. Embarcamos então numa viagem cómica de auto descoberta que nem sempre revela o melhor da nossa pers

Já há muito que a saga The Witcher me desperta curiosidade, devido ao jogo homónimo que foi alvo de vários prémios e continua a dar que falar. Porém ainda não me aventurei a jogá-lo e essa experiência passou a estar integrada numa nova empreitada que começa pela leitura dos livros e passará depois para o jogo e para a continuação da série televisiva, que foi na realidade o que impulsionou todo este interesse. Assim, e tendo já lido os primeiros dois livros, que são colecções de contos e aventuras do bruxo Geralt de Rivia, e o primeiro livro da saga propriamente dita, quero aqui deixar alguns apontamentos sobre o percurso até agora. Apesar de ter todos os elementos que me fascinam, desde magia a criaturas fantásticas, poesia, amor e violência, a leitura dos dois primeiros livros foi um bocado penosa. Ambos são compilações de contos que julgo que possam ser de maior fruição quando lidos após uma maior familiarização com o universo e personagens. De outra forma, e mesm