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A mostrar mensagens de dezembro, 2018

Black Mirror: Bandersnatch (2018)

Presente de fim de ano é o novo filme interativo Black Mirror: Bandersnatch, exclusivo Netflix, que permite ao espectador escolher o desenvolvimento narrativo, tomando controlo sobre o desenrolar da história. O argumento de Charlie Brooker e a realização de David Slade juntam-se para nos oferecer um brilhante thriller de ficção científica. O filme passa-se em 1984,  em Inglaterra, rodeado de referências que se encontram em cada esquina e plano,  desde a caracterização das personagens a todos os itens culturais que as rodeiam. Bandersnatch é o nome do jogo de aventuras que Stefan,  um jovem programador,  propõe à editora de videojogos Tuckersoft,  baseado no livro homónimo de Jerome F. Davis.  O último sucesso da editora fora Nohzedyve (referência ao episodio 1 da temporada 3 da série televisiva) e Bandersnatch é a próxima aposta. As nossas escolhas na história de Stefan começam por ser de pequena importância,  limitando-se a que cereais escolhemos para o pequeno almoç

Hannah Gadsby e a responsabilidade do discurso

Recentemente tivemos em debate na televisão portuguesa o Humor e as novas sensibilidades que o condicionam. Quando falam em humor, mesmo na presença de conceituados comediantes portugueses, como o Herman, Maria Rueff ou Luís Franco Bastos, entre muitos outros, não consigo evitar mencionar o espetáculo Nanette de Hannah Gadsby.  O debate, "Rir é o melhor Remédio" , no Prós e Contras, discutiu muito até onde pode ir o humor, nomeadamente o chamado humor negro, que faz piadas até com a maiores desgraças da humanidade, o qual teve como representante o polémico Rui Sinel de Cordes.  Hannah Gadsby, no seu discurso do evento The Hollywood Reporter: Women in Entertainment, fala de linhas. Da responsabilidade que temos nas linhas ideológicas que desenhamos e na história que contamos acerca de nós próprios. Se penso que as duas temáticas se relacionam é pelo facto de sempre se discutir quem é que tem o direito de dizer o que é aceitável ou o que não. Hannah Gadsby dá

Homecoming (2018) de Sam Esmail

Do criador da aclamada série de televisão "Mr Robot", Sam Esmail,  surge agora " Homecoming" que tem como cara ninguém mais nem menos que Julia Roberts.  Com uma fotografia e cinematografia de excelência a que o realizador já nos tem habituado,  conta a história de Heidi Bergmen, uma ex-terapeuta do projeto "Homecoming", da empresa de vanguarda Geist. À primeira vista,  "Homecoming" tem como objetivo ser um lugar seguro para militares com stress pós traumático recuperarem antes de ser devolvidos à vida civil.  Mas à medida que a história avança vamos descobrindo uma agenda muito mais obscura.  Sente-se uma certa atmosfera à la "Black Mirror" no argumento. O desenvolvimento tecnológico,  neste caso medicinal, e as questões morais e éticas que lhe estão subjacentes são um dos principais impulsionadores da tensão da narrativa. E por falar em tensão, é algo que está constantemente presente.