Avançar para o conteúdo principal

Alice: Madness Returns (2011)


Eh pá, eu ainda sou novata no que diz respeito a videojogos, mas já tenho vindo a identificar algumas caraterísticas que me agradam e outras que nem tanto. A minha jovem aventura colada a um comando resume-se ainda a LEGO: Lord of the Rings, Nino Kuni: The Wrath of the White Witch, Tales of Xillia 1 e 2, Life Is Strange, Trine, Diablo III, LEGO Star Wars: The Force Awakens, Alice Madness Returns, um cheirinho de Last Of Us e de Dota 2 e agora o Trine 2. Isto sem contar com os episódios infantis a comer torradas e jogar Tomb Rider no Windows 95 ou qualquer outro alucínio na Mega Drive. Passei as mãos por mais um jogo ou outro mas sem tempo suficiente para poder falar deles como experiência. 

Mas falando do Alice: Madness Returns (2011) de American Mcgee's: em primeiro lugar agrada-me o mundo em geral. Uma história que normalmente situámos num cenário idílico recebe contornos gore passando a ser mais terrífico do que se poderia imaginar na vida da menina inglesa relatada por Lewis Carroll. 


Como a maior parte das raparigas cresci com a imagem de uma Alice sensível e desprotegida, que este jogo quebra com entusiasmo. Aqui, temos uma viagem ao interior de Alice, à sua loucura, na tentativa revelar a verdade sobre as causas que a enlouqueceram, recuperando as suas memórias e restaurando o seu "verdadeiro eu". Para isso, somos despejados num mundo repleto de criaturas surreais, com as quais temos de lutar para avançar na história. A aventura vive-se através de combates em tempo real, puzzles e plataformas. 

Os gráficos do jogo (que já tem 6 anos) são bastante aceitáveis, assim como as possibilidades de armas durante as batalhas que alternam entre Vorpal Blade, Pepper Grinder, Hobby Horse, Teapot Cannon, Umbrella e a Clockwork Bomb. As armas podem ser evoluídas à medida que se apanham dentes que funcionam como pontos, à excepção dos dois últimos. A funcionalidade de Dodge permite que Alice se esfume o que ajuda nas batalhas quando se quer esquivar ou fugir de algum ataque. 

Os cinematics, todos eles em estilo de animação 2D, funcionam como ilustração dos relatos que se fazem ouvir através dos diálogos sobrepostos às imagens, narrando os momentos centrais que levaram à loucura da protagonista.

Durante todo o jogo, Alice é a única personagem com que se pode jogar, o que faz sentido devido à natureza do jogo. Porém, outros npc's vão aparecendo, nomeadamente o gato que aparece frequentemente para dar dicas e conselhos sobre o que se deve ir fazendo. 

O Shrink é também uma caraterística interessante do jogo, pois permite receber dicas ao encolher a personagem e encontrar caminhos e tarefas extra.

Na minha mera opinião, que como referi ainda é um pouco limitada, adorei este jogo. Desde logo agradam-me jogos de aventura com mulheres como protagonistas. Sendo uma Alice bad-ass a matar monstros e a recuperar a sua sanidade, subvertendo o ideal de menina bem comportada e educada numa rapariga que, apesar de problemática, é determinada e forte, está top. A banda sonora é também repleta de melancolia e sonoridades negras, com violinos, baixos e contrabaixos, ajudando a criar a sensação de terror que percorre quase todo o jogo.

 

Comentários