A mais recente produção de Wes Anderson, The Wonderful Story of Henry Sugar (2023) pega na ideia de "show, don't tell" e subverte-a totalmente. São cerca 40 minutos de pura narração, com Benedict Cumberbatch, Ralph Fiennes, Dev Patel e Ben Kingsley nos papéis principais. É uma adaptação de uma história escrita por Roald Dahl, o mesmo escritor de "Fantastic Mr. Fox" (2009). O filme narra então a história de Henry Sugar (Benedict Cumberbatch), um homem excêntrico, rico e independente que gosta de jogo e de casinos, quando encontra um relatório de um médico sobre um paciente que conheceu num hospital na Índia. Esse paciente auto intitula-se "o Homem que consegue ver sem os olhos" pois afirmava ter a capacidade de ver mesmo com os olhos fechados. Os cenários são os mais teatrais que já vi do realizador, repletos de cor e e padrões, com paletas de cores excêntricas e detalhadas como já é característica da estética de Wes Anderson. No entanto, por ser um
Do realizador Zack Braff, A Good Person (2023) traz-nos uma drama sem grande novidade, mas que prima pela interpretações de de Florence Pugh (Allie) e Morgan Freeman (Daniel) que conseguem trazer momentos emocionantes ao ecrã. A narrativa narra a história da jovem Allie, recentemente noiva, que se encontra num momento feliz da sua vida, seja nos objetivos pessoais como no seu contexto social, até que decorre um inesperado acidente automóvel que muda completamente a situação em que se encontra. O que vemos é a decaída de uma pessoa totalmente integrada socialmente e que se torna viciada em comprimidos, inicialmente receitados medicamente para as injúrias resultantes do acidente, mas posteriormente tornados num escape à realidade. O filme é simples e tem um ritmo lento, adequado ao processo em que a personagem principal se encontra. No entanto não deixa de ter momentos de suspense e de exaltação, assim como de superação e demonstrações de afeto que, no geral, estão muito bem