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The Haunting Of Hill House (2018)


The  Haunting Of Hill House (2018), da Netflix, consegue juntar horror e drama familiar, resultando numa mistura que consegue sobressair ora pela história, ora pelos elementos sobrenaturais que apresenta. 

É comum aos filmes e séries de horror faltar profundidade narrativa. Os monstros ou fantasmas ou espíritos ou o que for que se apresente tomam toda a atenção do ecrã, deixando muitas vezes as intrigas para segundo plano. The Hunting Of Hill House não peca por isso. Ás vezes até parece pecar pelo oposto, dando-nos a sensação de estar a assistir a uma espécie de novela. 

Se isto se passa, penso que no final há um bom equilíbrio entre os dois factores. A história passa-se em dois tempos: o primeiro é a infância dos Crain, quando foram viver com os seus pais para Hill House, que ambicionavam recuperá-la e vendê-la fazendo uma enorme fortuna; e o segundo é a vida adulta deles, depois de terem vivido uma série de tragédias e tentando ter uma vida normal na sua adultez, nunca conseguindo ultrapassar o período vivido na casa e o suicídio da mãe. 

Somos então encaminhados pela infância e adultez de cada personagem, o que ajuda com a criar empatia com eles. Além disso, vamos aos poucos descobrindo ligações das vivências em Hill House e o futuro de cada irmão, dando origem a vários twists, alguns deles muito bem escritos.

Outro ponto que me surpreendeu, e daí o paralelo com as novelas, é que os filmes (e séries) de terror não costumam ter um fecho narrativo tão eficaz como este. O factor da incerteza e do medo torna-se sempre presente e nesta série tudo é concluído. A história fecha e na narrativa principal não existem grandes dúvidas que nos assolem.  

Claro que há vários factores que podem ser explorados numa segunda temporada, mas tem de ser uma história diferente. Essa ainda não está confirmada. 


“Ghosts are guilt, ghosts are secrets, ghosts are regrets and failings, but most times, most times, a ghost is a wish.”

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