Este domingo foi dia de cinema. O filme, já há muito aguardado, foi o "A Quiet Place", realizado por John Krasinski, mais conhecido por atuações em filmes e séries televisivas de comédia. O filme insere-se no género de horror e ficção científica e consegue fazer-se sobressair de tudo o que tenho visto recentemente.
A história narra a tentativa de sobrevivência de uma família quando o mundo se encontra invadido por monstros predadores que caçam através do som. É um cenário de cataclismo onde toda a noção de sociedade como a conhecemos está suspensa e a regra de ordem é o silêncio. Só na ausência de barulho é possível passar-se despercebido às criaturas horrendas que não apresentam fraquezas aparentes e se tornam, por isso, impossíveis de combater.
Nos primeiros momentos do filme ficamos com a sensação de voltar à era do cinema mudo, onde só o som ambiente e a música marcam presença nos nossos ouvidos. Aliás, essa sensação prolonga-se por quase todo o filme, deixando-nos com o olhar disponível para apreciar toda a beleza e minúcia visual que o filme oferece. Apesar disso, cedo nos habituamos e vamos recebendo a história através das composições, planos e movimentos de câmara que, juntamente às brilhantes atuações de Emily Blunt, John Krasinski, Millicent Simmonds e Noah Jupe, deixam a narrativa bem explícita.
O filme é marcado por momentos de tensão e de pausa, nos quais a arquitectura sonora tem enorme relevo. É uma característica típica dos filmes de terror e horror mas que aqui se torna ainda mais importante, devido à reduzida existência de diálogos.
A musicalidade é pautada pelo score de Malco Betrami, compositor que já esteve duas vezes nomeado para os óscares e colaborou em filmes como "Logan" (2017), "World War Z" (2013) e "The Thing" (2011), não sendo já estranho ao género em que aqui se apresenta.
A sequela "A Quiet Place 2" foi recentemente anunciada.
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