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The Great (2020) com Elle Fanning e Nicolas Hoult é um caldeirão de sarcasmo, diversão e alguma história



Catherine "The Great", a imperatriz russa, é a personagem principal da nova produção de drama/comédia épica da Hulu, que sobressaí muito facilmente ao nos mostrar um lado da realeza que não estamos habituados. Trazendo reminiscências de "The Favourite" (2018), esta primeira temporada, com apenas 10 episódios, mostra o casamento do imperador Peter III com a imperatriz Catherine, nos primeiros anos do seu casamento e da chegada da imperatriz à Rússia. Huzzah!

Se não faz ainda muito tempo falei aqui da produção "Catherine The Great" (2019), que não me fascinou, esta última investida à época fez-me chorar de riso, mesmo que no que diz respeito aos factos históricos tome demasiadas liberdades. Mas esta não é uma série que pretende ser fiel aos factos, pretende, à luz do filme lançado em 2018, dar-nos uma caricatura divertida da vida nas cortes reais, ridiculizando os agentes que as povoavam e tornando-os relacionáveis.

Por isso temos piadas que se relacionam mais com a contemporaneidade do que com a época e várias atitudes de personagens que são exageradas e pouco prováveis.

Logo no início do primeiro episódio nos é dado a entender que não estamos perante mais uma série histórica qualquer, iniciando com close ups em grande angular da futura imperatriz num momento enquanto se diverte inocentemente nos baloiços do jardim, em oposição ao usual establishing shot. Aliás, esses mesmos close ups servem de establishing shots, uma vez que esta é uma história sobre as personagens, os seus confrontos e dilemas.

E nas construções de personagens temos um trabalho espetacular, são divertidas, assustadoras e até mesmo ridículas, oscilando entre momentos de carinho e puro desprezo.


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