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Catherine The Great (2019) da HBO


Já vimos sendo habituados a mini séries de alta qualidade produzidas pela HBO. Um desses recentes casos foi Chernobyl (2019), que me deixou com grandes expectativas para esta produção.

Catherine The Great (2019) é uma série biográfica que consta de 4 episódios e relata a vida da imperatriz russa após a morte do seu marido Peter III, altura em que tinha 33 anos. A equipa conta com vários bons atores e atrizes, entres os quais Helen Mirren, Jason Clark e Rory Kinear.  Se podia ter chegado ao nível de séries de época biográficas que têm como protagonistas mulheres fortes, como The White Queen (2014), a história fica aquém do desejado quando se foca demasiado nas relações íntimas da monarca com variados homens e no seu romance com Potemkin. Sendo a mulher que esteve à frente de grandes expansões russas penso que era mais interessante ter-se explorado as suas ambições, estratégias, conflitos e manuseamentos políticos. O que se fica a saber é que Catherine não suportava Peter III, gostava de rapazes mais novos e foi perdidamente apaixonada por Potemkin, que liderou as invasões turcas em seu nome. Pouco ou nada são explorados os conflitos que estas invasões criaram com as restantes potências europeias, sendo só mencionados superficialmente assim como todo o choque cultural.

Mesmo que seja essa a imagem que dela ficou na história não faltam outros assuntos que poderiam ter sido abordados em maior detalhe sem renegar esses factos.

Além disso todo o ambiente, apesar dos cenários, faz lembrar a nobreza inglesa, sem um único ator russo ou expressões e atitudes que evoquem a sua nacionalidade. 
Apesar de os episódios entreterem entre piadas feministas e dramas é uma total oportunidade perdida de relatar um dos grandes nomes femininos da história e de mostrar os seus feitos. A sua mente estratégica é muitas vezes mencionada mas nunca mostrada em prática, o que deixa uma sensação de superficialidade difícil de ignorar. 

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