Marvel Spider Man (2018)

O que Spider Man (2018, Insomniac Games) traz de melhor é,  sem dúvida,  a jogabilidade. A história e a personagem não são inovadoras,  apesar de haver um avanço na personagem.  Peter Parker é agora um jovem adulto,  cientista de profissão,  formado na universidade e empregado na empresa de Otto,  antigo sócio de Osborne.  Apesar de não ser o que mais me prendeu ao jogo, esta nova aventura consegue envolver bastantes personagens e fazer sentir a ligação entre eles, tendo uma componente emocional satisfatória para um universo já tão badalado. A aventura principal estima-se ter cerca de 13 horas mas são mais as que o jogo pede para ser degustado. 

À medida que percorremos o modo campanha aparecem constantemente novos desafios.  Alguns deles são missões secundárias outros são desafios à parte como fotografar locais específicos, encontrar os locais dos bandidos de Fisk e vencê-los, seguir pistas da Black Cat,  os desafios bomba, entre muitos outros...  Desde o início até bem quase ao final vão aparecendo novos elementos de jogo o que o torna extremamente dinâmico e nada aborrecido.  Além disso, a sensação de baloiçar pelos arranha-céus de NYC faz com que nos percamos pela cidade, muitas vezes ignorando a possibilidade de viagem rápida entre locais e encontrando constantemente crimes para travar e bandidos para lutar e perseguir, levando a uma maior exploração do mapa. 

Nos colectáveis temos as mochilas espalhadas por todo o mapa,  que contêm objectos da história de Peter Parker,  que preenchem a narrativa com pequenas introspeções do nosso herói sobre alguns momentos da sua história passada, umas nostálgicas, outras que poderiam escapar. 

Relativamente aos combates existem vários combos e habilidades que podem ser personalizadas, assim como diferentes formas de conseguir um mesmo resultado, apelando à nossa criatividade para derrotar os inimigos. Além disso é possível desenvolver gadgets que ajudam no efeito. 

Brilhantemente,  nesta história MJ é jornalista e fotógrafa,  o que nos permite jogar com a sua personagem em momentos chave. Além dela, também jogamos com Miles, o novo ajudante e amigo de PP e Spider Man.

Entre os vilões temos Fisk, The Shoker, Silver Sable, Electro, Mister Negative, Tombstone, Vulture, Rhino, Scorpion e o Doctor Octopus, sendo que cada um tem fraquezas específicas pelo que temos de adaptar a estratégia de combate.

A aventura de Spider Man (2018) está bem construída, mas para mim não é o que faz o jogo na sua essência. Acabando o modo campanha fica ainda uma imensidão de coisas por explorar e inimigos por combater, já para não falar dos DLC's aos quais ainda não cheguei.