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Alpha (2018)


Alpha (2018) é o novo filme de Albert Hughes (Menace II Society, entre outros) que estreou nos cinemas NOS a 30 de Agosto. 
A história faz o relato da sobrevivência de um jovem, na europa de há 20.000 anos, quando se perde da sua tribo e tem de fazer uma longa viagem de regresso a casa. 
Se há coisa de que o filme se pode gabar é de uma cinematografia belíssima, com cenas de paisagens naturais que variam largamente de tonalidades. Porém, no início, o ambiente em que a história decorre causa uma certa estranhesa. Primeiro, o dialeto com que os personagens falam é um desconhecido, ao que se junta o facto de existirem mesmo pouco diálogos. As falas neste filme servem mais como impulsionadoras de ação do que qualquer outra coisa. Sendo uma história que retrata a relação de um humano e um animal, o lobo, pode ter sido uma escolha consciente uma vez que a ambas as espécies não é possível o entendimento verbal. Mas não sendo muito usual e não sendo por vezes esse espaço preenchido por imagens que colmatem essa ausência, pode por vezes tornar-se um pouco aborrecido. No ponto oposto tem a beleza de imagens que já mencionei, que deixa o espectador embasbacado a olhar para o ecrã em toda a sua imensidão.

A narrativa é a de um jovem humano e um lobo que criam uma improvável amizade que os compromete numa entreajuda necessária à sobrevivência de ambos. O desenvolvimento é bastante óbvio, não sendo porém despojado de momentos empáticos mágicos. É uma exaltação àquele que é muitas vezes considerado o melhor amigo do homem e aos primórdios da domesticação animal.

Alpha é o líder da alcateia, e é para concorrer a "alphas" que os jovens embarcam numa caçada para provarem o seu valor como líderes da tribo. Apesar da ausência da presença feminina ser uma constante no filme (à excepção do breve aparecimento das mães e pouco mais) há um twist final que colmata essa falha com grande delicadeza.



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