Escrevi aqui no blogue, há uns tempos, uma review sobre " Patrick Melrose" , uma série britânica que explora como os traumas de criança da personagem principal afetam a sua vida adulta. Escrevi também sobre a peça de Hannah Gadsby, "Nanette" , em que ela faz, num espetáculo de humor, uma brilhante argumentação contra a comédia como meio de lidar com situações traumáticas. A propósito destas coisas, e muitas outras que fui vendo e lendo, inclusive conversas com amigos e amigas, tenho-me questionado quando é tempo de pôr um ponto final e deixar certos traumas onde pertencem: no passado. Qual é a altura de deixar o passado no passado e até que ponto é que reviver situações desagradáveis é saudável para quem as viveu? A propósito disso, fiz uma breve pesquisa e deparei-me com um artigo de 2014 do The Guardian , que fala precisamente sobre isso e ilustra alguns dos pontos que já me têm surgido. Walter Mischel, mais conhecido pelo teste do Marshmallow, q...