Polina (2016), pelas mãos da realizadora Valérie Muller e do bailarino Angelin Preljocaj, ambos franceses, mostra-se um filme sublime, repleto de poesia e imagens penetrantes capazes de nos agarrar ao ecrã pela sua beleza e simplicidade. A história é adaptada na novela gráfica homónima , de Bastien Vives, a qual já tinha lido. O filme foi originalmente exibido na 73ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza. Apesar de a premissa não ser inovadora, é uma prova de superação, crescimento e e autoconhecimento que nunca fica indiferente à condição humana. Polina, oriunda de uma família modesta, aquando criança entra para uma academia de ballet. O sonho do seu pai é que seja uma grande bailarina e é para isso que ela treina durante toda a sua juventude. Desde cedo ela agarra a atenção de Bojinski, o seu professor, que sente o seu talento e exige dela mais do que qualquer outra aluna. Porém chega a uma altura em que Polina já está crescida e interpretar a...